quinta-feira, 26 de julho de 2012

A louca

“Aos vinte e oito anos ela enlouqueceu completamente e de súbito abriu a janela do quarto e se pôs a dançar nua sobre o telhado...”

...os pés sentindo a textura das telhas de barro, o vento frio provocando um arrepio gostoso na alma. E gritava forte. Não necessitava palavras. O simples som que saía era libertador. Abriu os braços. As gotas penetrando a roupa, tocando a pele, acariciando cada poro.
Livre. Quem necessita mais? Louca, desgrenhada e viva. Livre.
Inspirado no conto Aconteceu na Praça XV, de Caio F.

Nenhum comentário: