segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O grito


Enjoei de ser tom pastel. Sinto no peito a dor de quem precisa de explosão. Quero amarelo brilhante, laranja, vermelho sangue. Quero o grito, o berro. O sussurro dolorido e gostoso que arrepia os pêlos da nuca. A paz de ser intensa. De ser forte. De ser mais. Quero o corpo que geme e se contorce. Quero a água gelada que desce doendo no peito, a cachaça que rasga a garganta. Os cabelos ao vento, a paixão que arrebenta limites e esquece fronteiras. O beijo que consome, a mordida que deixa marcas. A mão que agarra pela cintura, puxa os cabelos e acaricia o rosto. A revolta que arrebenta depois de anos de opressão. É sede de infinito, do que não tem nome, do que não tem explicação. Quero me consumir numa chama eterna de amor. Desejo e luta. Revolução.

*Foto de Erica Gonsales do blog Malagueta.

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho podre esse povo que não liga às 7h da manhã do dia 1º de janeiro confirmando viagem para Pirenópolis! Mesmo assim, concordo com a mudança cheia de exageros!
Feliz 2010 pra vc, sua louca de pedra

Auricicero - Gestão & Desenvolvimento disse...

Ola pessoa!

Passando e visitando seu blog.

Abraço!!

Auris